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Vacina de DNA sintético mostrou ser eficaz contra um subtipo do vírus influenza A

As recentes temporadas de influenza em 2013/2014, 2014/2015 e 2017/2018 podem ser atribuídas diretamente ao vírus Influenza H3N2. As vacinas que estão disponíveis atualmente têm capacidade limitada de induzir imunidade contra esse subtipo e a eficácia da vacina comercial contra o H3N2 em 2017/2018 foi baixa, contribuindo para uma maior taxa de pneumonia e mortes associadas à influenza. Dessa forma, as vacinas contra Influenza devem ser frequentemente atualizadas para combinar a variabilidade dos epítopos imunológicos.

Cientistas do Instituto Wistar projetaram uma vacina de DNA sintético que produz ampla resposta imune ao H3N2. Os resultados do estudo foram publicados online na revista Human Gene Therapy.

Segundo o pesquisador David B. Weiner, diretor do Centro de Vacinas e Imunoterapia do Instituto Wistar, “Desenhar e fabricar vacinas que atendam à diversidade antigênica do vírus H3N2 é muito desafiador. Além disso, com a próxima temporada de gripe, há uma necessidade iminente de novas abordagens de vacinas contra a gripe. Há também a necessidade de melhorias na seleção e implantação rápidas contra cepas virais emergentes e vacinas de DNA sintético representam uma ferramenta importante para atingir esse objetivo”.

Para esse estudo, Weiner e colegas usaram cepas H3N2 de 1968 até o atual momento, retiradas do Influenza Research Database. A partir das informações obtidas, foram desenvolvidas quatro sequências sintéticas comuns do antígeno hemaglutinina (HA), uma proteína presente na superfície viral.

Essas sequências comuns, chamadas de “microconsenso”, foram usadas para gerar quatro vacinas de DNA que posteriormente foram combinadas para criar uma vacina de DNA multi-antígenos, a pH3HA. Os cientistas administraram a vacina pH3HA em um grupo de camundongos e, após duas semanas, uma dose de reforço. Em outro grupo de camundongos foi administrado o placebo. Após duas semanas da administração da dose de reforço, eles inocularam os camundongos com 2 cepas diferentes do vírus H3N2.

Sarah Elliot, Ph.D., pesquisadora sênior do Weiner Lab, e colegas monitoraram sinais clínicos, peso corporal e sobrevida por duas semanas após a infecção. Todos os camundongos imunizados com a vacina de DNA sintético pH3HA desenvolveram respostas de anticorpos amplas e robustas contra HA e respostas imunes celulares eficazes, incluindo respostas de células T CD4 e CD8.

Eles foram protegidos contra a infecção letal por influenza A de dois vírus H3N2 diferentes. A vacinação com pH3HA induziu anticorpos robustos contra a pandemia de H3N2 de 1968, bem como as cepas contemporâneas de H3N2 que foram componentes de vacinas disponíveis comercialmente em 2015/2016 e 2017/2018.

Comparados com aqueles que receberam placebo, os camundongos imunizados sobreviveram ao desafio do vírus intranasal com 10 vezes a dose letal mediana; o grupo placebo sucumbiu à infecção dentro de seis dias após a exposição ao vírus.

“A vacina pH3HA representa uma abordagem microconsensual única para a produção de respostas imunes a vírus da influenza A H3N2 sazonalmente relacionados – mas diversificados”, disse Weiner. “Os principais objetivos dessa abordagem são limitar o número de reformulações de vacinas que podem ser implantadas para proteger contra novos vírus H3N2”.

 

Referência:

  1. Sarah Elliott, Amelia A. Keaton, Jacqueline D. Chu, Charles C. Reed, Bradley Garman, Ami Patel, Jian Yan, Kate E Broderick, David Weiner. A Synthetic Micro-Consensus DNA Vaccine Generates Comprehensive Influenza-A H3N2 Immunity and Protects Mice Against Lethal Challenge by Multiple H3N2 Viruses. Human Gene Therapy, 2018; DOI: 10.1089/hum.2018.102

Fonte:

The Wistar Institute. “Synthetic DNA vaccine effective against influenza A virus subtype.” ScienceDaily. ScienceDaily, 6 September 2018. <www.sciencedaily.com/releases/2018/09/180906141512.htm>.